Alguns maus
hábitos também podem fazer com que a doença do labirinto, desordem que afeta o
equilíbrio, apareça. Fique atento.
Segundo pesquisa
realizada pela Unifesp, a vertigem, considerada o principal sintoma da doença
labiríntica, atinge 33% das pessoas em pelo menos algum momento da vida – e,
nos indivíduos com mais de 65 anos, este percentual pode subir para 65%. Outros
sintomas que podem sinalizar problemas no labirinto variam desde tontura,
sensação de que tudo está rodando ao redor, desequilíbrio, impressão de estar
caindo, sensações de atordoamento ou desorientação. “E não para por aí. Enjôo,
vômito, sensação de medo, dores de cabeça, zumbido, ansiedade e até desmaios
podem sinalizar problemas no labirinto”, aponta o Dr. Alexandre Cercal,
otorrinolaringologista de Curitiba, PR.
O especialista
explica que o labirinto é uma estrutura extremamente sensível a mudanças
vasculares, metabólicas e do estado psíquico e fica localizado no ouvido
interno, integrante do sistema vestibular e responsável pela manutenção do
equilíbrio corporal. “O equilíbrio corporal faz parte de uma interação do
labirinto com outros órgãos do organismo, como os olhos, os músculos, os
tendões e as articulações. Todas as informações desses sistemas são
repassadas ao cérebro, que processa os dados e controla a estabilidade do
corpo”, comenta.
Como o equilíbrio
está ligado a várias partes do organismo, as doenças que afetam o labirinto,
o cérebro ou outras estruturas ligadas ao sistema vestibular podem ser a
causa do problema. “Os sintomas podem ser passageiros, aparecendo e
desaparecendo em curtos períodos de tempo, ou ter continuidade por um longo
período. O diagnóstico para descobrir a causa exige a realização de diversos
exames, desde testes de equilíbrio e auditivos até laboratoriais e
radiológicos”, esclarece o médico.
A doença
labiríntica pode ser causada por disfunções clínicas como
hipertensão, diabetes, alterações da tireoide, inflamação ou infecção do
labirinto, e até maus hábitos alimentares, sedentarismo, estresse ou
traumatismos. “Durante a consulta o especialista avaliará toda a história
clínica do paciente, fará um exame físico minucioso e analisará os exames solicitados
para detectar as causas”, ressalta.
Quem sofre
com o desequilíbrio corporal deve procurar um otorrinolaringologista,
que, após o diagnóstico, fará o encaminhamento para outras especialidades
caso seja necessário. “Pelo fato de existir inúmeras causas, o tratamento é
diferenciado para cada paciente e deve solucionar todos os problemas
diagnosticados relacionados à doença. A utilização de medicamentos, realização
pelo médico de certos giros no corpo do paciente, chamadas manobras, mudanças
nos hábitos alimentares e a recomendação da prática de exercícios são algumas
das prescrições que podem ser feitas ao paciente dependendo do caso”, observa o
especialista.
Serviço: Dr. Alexandre Cercal
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