A primavera, considerada por muitos como a estação mais bonita do ano devido a sua diversidade de cores e flores, traz consigo consequências consideradas maléficas para a saúde. A baixa umidade do ar, o pólen das flores misturado no ar, além da comum inversão térmica, responsável pelo acúmulo maior de poluentes na atmosfera, são componentes comuns dessa época do ano – e podem prejudicar a saúde de muitas pessoas.
Segundo o Dr. Alexandre Cercal, otorrinolaringologista de Curitiba, PR, no período de seca acontece um crescimento em casos de espirros, tosse, asma, rinite, resfriados e gripes que chega a 40%. E, quando esse período conta com a chegada da primavera, o número de pessoas atingidas por esses males pode até aumentar, devido ao pólen das flores disperso no ar.
A alergia é uma reação de hipersensibilidade do organismo que acontece quando pessoas que são sensíveis a determinadas situações entram em contato com agentes desencadeantes chamados alérgenos, que provocam uma crise de doença alérgica.
Cerca de 20% da população sofre com alguma forma de alergia, sendo as mais comuns delas a asma, a rinite alérgica e as alergias cutâneas. “Dentre os alérgenos mais conhecidos destacam-se a poeira domiciliar, ácaros, epitélios de animais, baratas, fungos, pólens, além de agentes irritantes como fumo e poluentes”, acrescenta o especialista.
Cercal comenta que crianças que possuem pais alérgicos têm uma maior probabilidade de serem alérgicas. Por outro lado, a alergia pode se desenvolver em qualquer fase da vida e, até mesmo, em pessoas sem histórico familiar. “Basta, para isso, que a exposição desse indivíduo a determinado alérgeno ultrapasse o seu limiar de tolerância”, revela.
Para evitar as crises alérgicas, o especialista comenta que é importante fazer sempre uma higiene geral, beber bastante água e umidificar sempre o nariz com soro fisiológico. "Outras atitudes que devem ser tomadas no dia-a-dia para evitar ou amenizar as alergias são: forrar o colchão e travesseiro com capa impermeável, retirar tapetes e carpetes da casa, limpar a mobília da casa com pano úmido mais de uma vez por semana, substituir as cortinas por persianas, manter sempre a casa arejada, evitar estofados recobertos com tecido, utilizar aspiradores de pó que possuam filtro HEPA, não fumar dentro de casa, substituir cobertores por edredons que possam ser lavados quinzenalmente, evitar objetos que acumulem poeira no quarto do paciente, como livros, revistas, brinquedos de pelúcia, caixas e quadros, evitar cheiros fortes no domicílio como de tintas, solventes, inseticidas, produtos de limpeza”, alerta Cercal.
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