Além dos já sabidos problemas auditivos, o barulho em demasia causa efeitos ainda mais sérios na saúde.
Ruído é, por definição, um som indesejável. Ele varia em sua composição em termos de frequência, intensidade e duração. Sons que são agradáveis para algumas pessoas podem ser desagradáveis para outras, - por exemplo, músicas que são consideradas boas para alguns, podem ser entendidas como lesivas por outros. Então, para um som ser classificado como "ruído", ele deve ser julgado pelo ouvinte.
Porém, sabe-se que o ouvido humano, independente do gosto musical de cada um, fica prejudicado quando os sons ultrapassam a marca de 80 ou 85 decibéis por mais de oito horas de exposição, o que pode levar a uma perda auditiva definitiva.https://mail.google.com/mail/u/0/images/cleardot.gif Ruídos intensos podem causar vários distúrbios, alterando significativamente o humor e a capacidade de concentração nas ações humanas. Provoca interferências no metabolismo de todo o organismo com riscos de distúrbios cardiovasculares, inclusive tornando a perda auditiva irreversível.
“O ruído é potencialmente capaz de levar a lesões graves e irreversíveis no aparelho auditivo. Os sintomas causados pela exposição ao ruído podem ir além dos sintomas auditivos, como a perda de audição, zumbidos, dificuldade de entender as pessoas, dificuldade de localização da fonte sonora e irritabilidade com sons intensos, até a alteração do sono, tontura, dores de cabeça, mudanças de comportamento, hipertensão arterial, alterações gástricas e intestinais, entre outras”, explica o Dr. Alexandre Cercal, Otorrinolaringologista e membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cervico-Facial, de Curitiba.
Conhecido por ter efeitos nocivos não somente sobre a audição, a exposição prolongada ao ruído também pode interferir no aprendizado de crianças. “As habilidades para ouvir e aprender podem ser muito prejudicadas pela acústica de uma sala de aula (ruído de fundo e reverberação), e isso pode prejudicar tanto crianças com audição normal como também aquelas com perdas auditivas. Porém, fica claro que as crianças em fase de alfabetização são mais prejudicadas pelo ruído externo do que as crianças mais velhas, pois elas ainda apresentam um vocabulário reduzido”, comenta Cercal.
Apesar de todos os problemas causados pelo ruído, é comprovado que a sua interferência na hora do repouso é a maior causa de incômodo. “E devemos notar que a pior intervenção se dá na forma de ruído intermitente, como por exemplo, a passagem de veículos pesados e passagens de aviões próximo às habitações” expõe o especialista.
Ao dificultar o adormecer, a pessoa pode sentir-se tensa e nervosa devido as horas não dormidas. O problema está relacionado com a descarga de hormônios, provocando o aumento da pressão sanguínea, aumento da produção de adrenalina e perda de orientação espacial momentânea. Outra característica humana é a proteção natural aos eventos sonoros, que se dá quando o ser humano é previamente avisado que tal ruído vai acontecer, logo, existe uma defesa psicológica que prepara o indivíduo para a exposição. Quando acontece o contrário, no caso do ruído se apresentar quando o indivíduo está desatento ou dormindo, o som é interpretado como intrusivo. “Quando isso acontece, a sensação é muito desagradável, pois a pessoa é pega de surpresa e não há tempo de armar sua defesa natural”, comenta o otorrinolaringologista.
Para evitar problemas auditivos – e os demais – causados pelo excesso de ruído, o Dr. Cercal oferece algumas soluções práticas. “Sempre afaste-se o máximo possível do ruído, use protetor auditivo individual quando o ruído for inevitável ou não puder ser paralisado, reduza o tempo que você se expõe ao ruído e reduzir o ruído em sua fonte. São pequenos detalhes que podem fazer com que a sua saúde permaneça em dia por mais tempo”, conclui.
Serviço: Dr. Alexandre Cercal
Otorrinolaringologista, Amah Ouvido, Nariz, Garganta e Estética da Face
Blog: http://amahotorrino.blogspot.com
Email: drcercal@yahoo.com.br
Fones:
41 3363-0983 Curitiba
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